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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

1. Redes de Proteção


1. REDES DE PROTEÇÃO

CONVERSANDO COM PROFESSORES
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De que forma a escola, em pareceria com a comunidade, pode estimular as
redes a reduzir riscos e aumentar a proteção no desenvolvimento de ações
preventivas? 

Domingo, dia 25/03/2007, estava ao telefone com Anselmo, colega e professor do FCM, Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, discutindo a respeito das redes de prevenção. De um modo geral chegamos ao consenso que a rede pode ser de duas vias, e isso não é descobrir a pólvora, é uma constatação que é socialmente visível. Voltando ao assunto, a rede pode caráter positivo ou negativo.
No caráter negativo, não sei será do aceito de todos, é quando meninos formam um grupo em que existe de forma elíptica uma co-proteção com o intuito de cometer crimes. Quem reside nas grandes cidades deve observar grupos de meninos reunidos para cometer roubos que sai voando de mão em mão, a fim de despistar ou escapar da população. Determinada reportagem de televisão, ouvi o reportar falar que meninos nas favelas do Rio ficam em pontos estratégicos, com uma arraia, uma espécie de periquito, brincando e de acordo com o movimento os traficantes ficam sabendo se a polícia está perto ou longe, se há algum movimento fora do normal. Percebam que quem serviu de informante, ou seja, de elemento protetor, de rede de proteção forma meninos com intuito de propiciar segurança com o crime organizado.
Noutra ponta a de caráter positiva é de grande beneficio social, digo isso, porque lembro um tanto vagamente de um filme, em bairro violento americano, em New York, onde se criou, baseado em fatos reais, uma rede de proteção aa fim de evitar o assédio dos criminosos a crianças, adolescentes e idosos. A rede também servia para avisar o local onde estariam acontecendo assaltos, os moradores assopravam um apito estridente e todos os moradores apareciam às janelas intimidando os bandidos. Demonstrando o poder comunitário. Aqui em Salvador, um vizinho que é vigilante, disse-me que quando eles percebem movimentos estranhos, em condomínios de apartamentos próximos, eles tratam de avisar aos outros; e comunicando fato à polícia. 
Provavelmente, a solução ou uma das soluções para tornar nossas escolas mais seguras passe por uma rede de proteção que inclua a família, a comunidade, a escola e a sociedade. Entretanto, algumas variáveis podem negativamente interferi como a falta de apóio das autoridades, que lidam com a problemática, diante enormes dificuldades que eles apontam: viaturas, equipamento e etc. Não que seja um empecilho já que se pode fazer uma rede apenas no âmbito escola-família, família-escola, procurando parceiros confiáveis que não irão destoar da finalidade, ou seja, como grupos de vigilância e tomadores da lei nas mãos.
É uma questão, a princípio, complexa e de difícil implementação pelo fato de ser um enfrentamento a “bandidagem”; porém fácil se houver sabedoria na implementação, mormente se inclusa no projeto de combate ao uso de drogas. Será necessário dos envolvidos no projeto pensar o começo das ações, se pela escola, se pela família, etc. Pessoalmente acredito que pela escola, deveria ser a gênese da rede de proteção, começando pelos alunos que são mais sensíveis a boas idéias. Aproveito o momento e quero citar um fato que aconteceu na quarta-feira.
Temos na sala um aluno de necessidades especiais, a qual não estou apto para dizer, porque há informações desencontradas por parte da mãe, que alega que ele já foi em vários médicos e não têm conclusão consoante ao problema. Bem, enfim, houve um problema de desentendimento entre os alunos e o citado garoto, o qual cuspiu no rosto dos outros e fazia gestos obscenos para os outros. Conversei e procurei obter um contexto do problema, percebi que os outros o discriminava por ter um comportamento diferente da turma, e ele reagia agredindo como sabia. Chamei os envolvidos e pedi para eles fazerem a inclusão na turma, tentassem auxiliá-lo em suas necessidades. Pedi que o grupo retornasse e solicitei outros que viessem à sala dos professores conversar; inclusive ele, o referido garoto, a fim de não deixá-lo perceber o tema da conversa. Inclusive pedi a ele que me ajudasse num tema para o aniversário da cidade de Salvador. 
Ao retornar, em seguida para sala de aula, vi aqueles mesmos alunos que o agrediam, estarem agora com outra atitude, até auxiliando na tarefa. Fiquei muito feliz aquilo, ou seja, os alunos foram sensíveis e responderam de pronto ao que solicitei; indo além do que pedi. Solicitei apenas ajudá-lo no geral, contudo em itens como organização do caderno, ensinar como fazer a atividade foi surpreendente. Daí pude fazer uma ponte com a rede de proteção. Logo, creio que se incentivarmos, orientarmos e conversarmos com nosso aluno, iremos atingir resultados jamais imaginados, que irão além do que solicitamos. Posto que, nossos alunos só precisam de um norte, de uma orientação e responderão de modo que irá surpreender a todos. Atente e verás, porém sempre com sabedoria
Professor Walmir Santana

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