Não Sou Jurássico – Reflexão

Não Sou Jurássico – Reflexão

A repercussão que teve o texto, “Não sou Jurássico” causou na U.E foi bastante didático, porque o incomodo causado pelo texto em que compara o professor a um dinossauro. O qual fora escolhido pela coordenação e não devidamente debatido perante o corpo docente; apenas colocado em uma pasta teve o seu desconforto, somente agora, levado a termo. Professores e coordenadores puderam refletir a prática da pedagógica a luz das contradições das condições de trabalho da escola pública.

Suscitou um debate franco, portanto, uma análise dos papeis e dos jaezes oferecidas a docentes e dissentes; ao mesmo tempo em que compromete coordenadores a refletir, antes da escolha do texto, qual conseqüência o terá perante o corpo de educadores. Serve, também, aos professores que não tratam a atualização, a busca de oxigênio do conhecimento como uma meta a ser alcançada. Além de propiciar um repensar do modo operante de sua prática pedagógica. Acrescente, ainda, o fato de quebrar o paradigma do “generalismo” de ocasião, que compromete o saber cientifico e é baseado em impressões primárias, amadoras, despidas da verdade científica. Cuja única expressão são falácias vazias e de caráter meramente “achistas”. Assim sendo, em lugar de construir um conhecimento científico serve unicamente para servir ao canto e ao terreiro das fofocas. Fatos estes que a escola, enquanto lugar reservado ao saber e ao aprendizado, deve abster-se de envolver-se.

O texto trouxe a querela, o debate, à contestação; minou por completo os rumores dos cantos, as piadas molhadas de mágoas que aos poucos vão sendo enxugadas com o calor das mãos que vão se juntando para trazer a serenidade de volta. Retorno que vai depender de todos, retorno que vai possibilitar a reconstrução da confiança, do desejo de acreditar e ser acreditado. Pois, num ambiente voltado para a educação deve haver a verdade, deve existir a fé, a confiança. O aluno precisa acreditar que o que ele ouve e verdade, para que ele aprenda. O coordenador precisa acreditar que aquele plano de aula é viável; e embasado na fé. Os professores precisam sentir verdade nas sugestões dadas pelos coordenadores a fim de que flua a “coisa” pedagógica. Os diretores precisam ser verdadeiros e intenções puras de que aquela proposta é a melhor para escola, do mesmo modo que sejam capazes de ouvir, refletir, aceitar, propor, contrapor. Tudo isso imbuídos da verdade. Que a fala seja a expressão, não do preconceito, mas da pura verdade, mesmo que ela seja substituída por outras novas verdades. Verdades que foram calcadas no conhecimento cientifico, seja empírico obtido ao acaso, após inúmeras tentativas, adquiridas através de ações não planejadas; seja filosófico com base no raciocínio e da reflexão humana, especulativa sobre fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Ou seja, o conhecimento teológico revelado pela fé divina ou crenças religiosas, cujas afirmações não devem ser questionadas. O qual depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. Seja, por fim, o científico: edificado nas metodologias científicas, baseadas nos procedimentos sistematizados, racionalizados, sistematizados, exatos, verificados, testados, re-testados, re-verificados, exauridos as posições contrárias ou contraditórias.

Portanto o texto foi um catalisador para causar o debate, retirar de cena os buchicos, os olhos desconfiados, os silêncios da agonia, a tristeza e a decepção. É útil, o texto, porque compromete a todos quando forem escolher os textos para as dinâmicas, para as atividades em sala de aula. O professor deve perseguir textos que eleve a estima do aluno, por seu turno coordenador e diretor, ou motivadores devem ater-se na escolha do texto de tal forma que permita, que propicie elevar, acrescer, melhor a estima dos que trabalham em unidades de ensino. Foi e é oportuno, visto que causou o furor com os dês furor dos debates. Permitiu, pois pensar.

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