TV E VIOLÊNCIA NA ESCOLA.

Estava eu na casa de minha irmã, tendo ao lado meu sobrinho, Isaac de dez anos conversando coincidentemente a cerca da educação pública e problemas no dia-a-dia de uma escola. Ele como é normal dos pré-adolescentes dessa idade estava atento ao papo. A televisão estava, também, fazendo companhia; sendo que a diferença é que ela, claro a tv, não nos dava a menor atenção, com a prepotência de unicamente impor, sem o retorno devido.

Ao acabar um comercial, adentrou abruptamente uma novela, creio que das 18h, acredito, com uma cena em que um aluno agrediu uma garota. Esta começou a chorar, nenhum aluno foi ao seu socorro, se não me falha a memória, apenas a diretora foi enfrentar o determinado aluno, o qual partiu para diretora de maneira ameaçadora, ditando que era ele quem efetivamente mandava na área e que a diretora estaria, assim dizer “tirando onda”. Ou seja, como que ela devesse ficar na dela, pois ele seria a autoridade, ou seja, o “top cat”, o manda-chuva, o dono da área. Meu sobrinho atônito, sabendo que sou professor, logo perguntou: “Meu tio na escola é assim? Quem manda  são os bagunceiros? A escola é toda pichada assim?” Tratei de tranqüilizá-lo consoante ao fatos, explicando para ele que se tratava de uma obra de ficção, ou seja uma novela, e que em parte  acontecia; porém isso em grandes conglomerados urbanos, é fato que não usei um vernáculo pomposo. Mas voltando ao que dizia fiz fê-lo que só em grandes cidades, contudo que ele descartasse o fato. De pronto, minha irmã, tratou de usar o poder do controle remoto e trocou de canal. Ligou o computador e colocou-o em jogos educativos.

Do exposto, fica uma reflexão de que prá que a Tv Globo produz uma novela com tamanha violência, sabendo que o público teen está antenado na tv, principalmente, que a população em massa assisti as novelas, ainda mais em um horário inadequado. Os dirigentes e idealizadores globais não pensaram na responsabilidade que têm perante a juventude nacional, certamente os interesses são outros. 

Claro que só citar a Globo é simplistas, pois as outras emissoras fazem se não igual, ao menos dos seus modos, afim de atingir índices altos de audiência, perante as concorrentes e, consequentemente aumentar o faturamento. 

Concordo que é uma obra de ficção, já disse acima, entretanto a questão é porque não se faz uma obra de ficção, tal qual a Globo apregoa, “amigo da escola”. Indubitavelmente, a emissora contribuiria se fizesse uma novela de caráter educativo, buscando resgatar o aluno da escola pública. E não venham dizer que é difícil, pois os americanos quando quiseram minimizar o racismo usou na tv como meio para isso como, séries ou filmes, “Ao Mestre com Carinho, Minha Família é uma bagunça” e outros. No último citado são dois meninos negros que são adotados por um viúvo milionário e que tem uma filha, loura estilo no Hollywood. É possível quando existe vontade política para isso.

Portanto, é necessário e importante que todos: aqueles direta ou indiretamente, ligado ao processo educativo, ou não, pai, tio, mãe, irmão, seja quem for pensar se esse tipo de novela contribui positivamente para a formação do jovem. Pior, ainda, é que nas nossas novelas o malvado só perde no último capítulo e; até lá nossos jovens já assistiram a todo tipo de malvadeza perpetrado pelo vilão, então o mal já está instalado, ou seja, o vírus da negatividade baixou no celebro dos jovens.

Certamente que seria loucura afirmar que o que digo não é tudo verdade, há uma dose de hipérbole, a fim de levar você a refletir. Inicie discordando do meu pensamento, ao menos vamos pensar na tv. A propósito, sugiro que você assista ao programa na TVE-Bahia (não sei o horário), ou na TV Câmara, todo sábado de 9h às 10h; ou TV Nacional de Brasília, as sextas a noite a partir das 18h.

Nota: 
Quando escrevi este texto foi em 22 de junho de 2007 o presidente dos Estados Unidos da América era George W. Bush, branco, pertencente ao partido republicano, eleito meio a polêmicas de ter perdido no voto popular e ganho nos votos dos delegados. No seu primeiro governo enfrentou o ataque as torres gêmeas. Em 2009 o povo americano elegeu o primeiro presidente negro da história americana o democrata Barack Hussein Obama, nasceu em Honolulu, Havaí, uma demonstração de amadurecimento da sociedade dos Estados Unidos perante aos casos de racismos que ainda existe e persiste neste século,  herança de outrora que assombra e atrapalha o conjunto da sociedade.