Verdadeiro sentido da Páscoa.
por professor
Walmir dos Santos de Almeida
por professor
Walmir dos Santos de Almeida
O modelo da sociedade capitalista o qual tem como panos de fundo o lucro e o consumo nos impõe uma vida tão dura e competitiva, que as pessoas não se encontram mais, ou até mesmo, por pura conveniência não arranjam tempo para se encontrarem, ou seja, andam se perdendo uma das outras. Sendo assim, são raros os momentos em que elas deixam o egoísmo de lado, para que assim permita que seus corações sejam invadidos ou tomados por valores, os quais, o cotidiano nos faz esquecer como: ética, respeito, amizade, compaixão, tolerância e, principalmente fraternidade e solidariedade.
Diante desta triste realidade, não parece que há uma grande incoerência em denominar esse grande aglomerado de seres humanos como sociedade? Já que a palavra sociedade sugere um grupo de pessoas com interesses comuns. Talvez por isso, os menos favorecidos se sintam verdadeiramente fora desse contexto social.
Nesse sentido, será que teremos de vivenciar a todo instante uma total desagregação social? Será que teremos de nos acostumar com a falta de sensibilidade, honestidade e coletividade, desta chamada “sociedade organizada”? Talvez só o tempo ou os homens, estes últimos, se sobreviverem, poderão relatar.
Entretanto, mesmo que de forma individualizada, em algumas situações da nossa existência a falta de compaixão, fraternidade, de solidariedade e outros valores afins, tendem desaparecer, principalmente no que tange as perdas de entes familiares. Ai sim é que se percebe a doce fragilidade do homem.
Quem não gostaria de evitar a partida de alguém que por força do destino vai embora, seja definitivamente ou por um período curto? Quem não gostaria de poder impedir que as tragédias naturais como: terremotos, vulcões, maremotos, alagamentos e principalmente a seca que assola grande parte do espaço global acontecessem? (É bom destacar, que alguns desses processos estão sendo acelerados pelo próprio homem). É a partir dessa reflexão e de outras, que o homem sente a necessidade de agarrar-se desesperadamente a muitos dos valores citados anteriormente, porém bastante esquecidos, procurando assim, encontrar o alento, o consolo, a salvação, justamente na hora da intensa agonia, da dor e da aflição.
Há de se destacar também que apesar de toda dureza imposta pela obra humana, da imensa competitividade, do egoísmo, o qual tem se acentuado bastante nos dias atuais, que tudo indica parece ter se instalado na cabeça de muita “gente miúda”, ocorrem situações que tem feito o homem tentar rever algumas de suas ações, principalmente no que se refere à profunda reflexão do sentido da vida e da morte.
Estou me referindo, em especial, ao Período Pascal, no qual se celebra ressurreição de Jesus Cristo. (que infelizmente para alguns desavisados tem se tornado simplesmente um momento para desfrutar dos quitutes incorporados a época). Talvez esse seja um ótimo período para que o homem possa se aproximar verdadeiramente das coisas criadas pelo Supremo e, repensar o real sentido da páscoa, e do que seria viver em uma sociedade mais fraternal e solidária.
Nesse sentido, faz-se necessário que esse momento sirva também para elevar e harmonizar uma melhor convivência do homem com todas as coisas do céu a da terra: as plantas, os pássaros, a água, as estrelas, o ar, o sol. Enfim, com tudo aquilo que nos cercam. Só assim, estaremos realmente nos aproximando de tudo aquilo que com certeza fará com que nossa breve passagem pela Terra seja mais prazerosa. Agindo assim será um bom começo para que as pessoas possam voltar aos poucos a se encontrar.
Ainda é extremamente importante que estejamos com o coração desprovido de qualquer impureza ou rancor que venha dificultar o bom viver. È hora de sacudir e apagar qualquer vestígio de infelicidade que tenha ficado no caminho. É hora de recomeçar e reaprender a valorizar as coisas mais simples da nossa efêmera vida.
* È professor de Geografia da rede pública Estadual e Municipal do estado da Bahia.
E - mail – Walmeidageo@gmail.com.br.
Walmir dos Santos Almeida é professor e poeta, leciona geografia pelo Governo do Estado da Bahia e Prefeitura Municipal de camaãri. Possui [PROFESSOR WALMIR ALMEIDA, POESIAS E GEOGRAFIA [AQUI] ]
Sexta-feira, 10 de Abril de 2009 3:19
De:
Este remetente
"Walmir dos Santos de Almeida Almeida"
Para:
professorwalmirbahia@yahoo.com.br,
Nenhum comentário:
Postar um comentário